terça-feira, 7 de julho de 2009

SBT Sports News

Imposto de renda pesa a favor do Real para contratar Cristiano Ronaldo

Thales Calipo

Além dos milhões de euros que o Real Madrid tem à disposição para tirar craques dos seus principais rivais, o clube também conta com uma ajuda do próprio governo espanhol para facilitar a montagem do seu 'esquadrão galáctico'. Desde 2004 está em vigor no país uma lei que reduz dos 43% para 24% a tributação sobre o salário bruto dos trabalhadores estrangeiros que morem na Espanha.

Chamada de "Lei Beckham", por coincidir com a chegada do inglês ao Real Madrid, a legislação é válida pelos seis primeiros anos em que o estrangeiro fica na Espanha. Dessa forma, mesmo que o Manchester United cobrisse a proposta salarial de 9 milhões de euros oferecida pelo Real Madrid, o craque português ganharia mais em solo espanhol (ver tabela ao lado).

"Se você quiser falar sobre futebol, tudo bem. Mas eu não falo sobre imposto", despistou Cristiano Ronaldo, na entrevista coletiva que concedeu na última segunda-feira, logo após ser apresentado para mais de 80 mil pessoas no estádio Santiago Bernabéu como novo jogador do Real Madrid.

Essa discrepância entre o valor do imposto cobrado para os estrangeiros e para os espanhóis irá gerar um fato curioso no próprio Real Madrid. Enquanto Cristiano Ronaldo ganhará 6,84 milhões de euros líquidos, o atacante Raúl, que também recebe 9 milhões de euros brutos anuais, ficará com 5,13 milhões de euros, ou 1.71 mi de euros a menos.

Na contramão da Espanha está a Inglaterra. Preocupada com os altos salários pagos aos jogadores de futebol, o governo britânico aumentou no último mês a tributação cobrada. Dos 40% que eram praticados, esse valor subiu para 50%, atrapalhando o poder de barganha dos times ingleses.

Além de se transformar em um paraíso fiscal, o Real Madrid também conta com a ajuda de bancos nacionais para bancar o seu projeto 'galáctico'. Para contratar Cristiano Ronaldo (94 mi de euros) e Kaká (65 mi de euros), a direção do clube espanhol conseguiu duas linhas de crédito de 75 milhões de euros com os bancos Cajá Madrid e Santander, segundo informações do jornal Expansión.

QUAL SERIA O SALÁRIO LÍQUIDO DE C. RONALDO?

Taxa Salário/ano
Espanha 24% 6,84 milhões
Inglaterra 50% 4,5 milhões
Itália 43% 5,13 milhões
Alemanha 45%javascript:void(0) 4,95 milhões
França 40% 5,4 milhões
Portugal 42% 5,22 milhões
Holanda 52% 4,32 milhões


FONTE: UOL ESPORTES

terça-feira, 14 de outubro de 2008

ESportes News: Surf


Silvana Lima e Jacqueline Siva estão entre as 'top' 10 do Feminino


A etapa do WCT feminino da Austrália chega ao fim e as brasileiras Silvana Lima e Jacqueline Silva conseguem importantes pontos no circuito mundial, depois de uma excelente apresentação no Beachley Classic.

Silvana, que finalizou a etapa em Manly Beach como vice-campeã, perdendo para a estreante e surpreendente australiana Tyler Wright, de apenas 14 anos, somou mais 972 pontos e avançou no ranking de 2008. Com este resultado, a cearense sobe para a quinta posição, com 3194 pontos.

Já a catarinense Jacqueline Silva, que foi desclassificada nas quartas também pela a ‘australianinha’, sobe para a 8ª posição no ranking e soma 2486 pontos.

A nova líder do ranking é a peruana Sofia Mulanovich, que mesmo sendo eliminada nas semi pela brasileira Silvana Lima, acabou adquirindo importantes pontos e ‘conquista’ o topo com 4411 pontos.

Já a australiana Stephanie Gilmore encontra-se na segunda colocação, com 3948 pontos. Durante a etapa australiana, Stephanie foi eliminada nas oitavas.

Maiores informações sobre o ranking no site da ASP World Tour: http://www.aspworldtour.com/2008/ratings.asp?rView=w&rRat=womwct&rNav=Women

Por: Fabíola Souza


Autor: Redação Camerasurf

Esportes News

Renault: não podemos fazer mais nada para manter Alonso


Da Redação
A evolução do modelo R28, ao longo do campeonato 2008 de Fórmula 1, é a arma da Renault para convencer o bicampeão mundial Fernando Alonso a permanecer na equipe por mais uma temporada. Pat Symonds, diretor de engenharia do time, acredita que o piloto terá um carro competitivo no ano que vem.

"Não creio que os progressos no desenvolvimento do atual monoposto atrapalhem o bólido de 2009. Nós começamos a trabalhar no próximo carro muito antes do normal, por causa da grande quantidade de esforços necessários", comentou Symonds, se referindo às novas regras que serão introduzidas em 2009.

Perguntado se, com as duas vitórias seguidas, em Cingapura e no Japão, a Renault está mais confiante na renovação de Alonso, o inglês respondeu: "Assim o espero. Nós não podemos fazer muito mais".

Vale destacar que a melhora no desempenho da Renault está nas estatísticas. Nas últimas seis corridas, Alonso é o maior pontuador com 35 tentos, contra 26 do líder do campeonato Lewis Hamilton, da McLaren, e 25 do vice-líder Felipe Massa, da Ferrari.

Esportes News


Hamilton acusa Massa de bater deliberadamenteDas agências internacionais
Em Tóquio (Japão)

A briga pelo título mundial de pilotos de 2008 agora acontece também fora das pistas de Fórmula 1. Neste domingo, o inglês Lewis Hamilton, da McLaren, acusou o brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, de provocar deliberadamente o acidente envolvendo os dois carros no GP do Japão.

A batida aconteceu logo no início da corrida na pista de Monte Fuji. Massa tocou o carro de Hamilton quando seria ultrapassado. O inglês ficou atravessado na pista e despencou para a última colocação. Já o brasileiro foi punido com um drive-through (passagem pelos boxes) pela manobra.

Com a confusão, a corrida dos dois pilotos ficou prejudicada. Massa acabou a prova na oitava colocação, mas herdou uma posição após a punição imposta a Sebastien Bourdais. Hamilton foi apenas o 12º. O vencedor foi Fernando Alonso, da Renault.

"Eu fiz a curva normalmente e ele veio de maneira muito agressiva e me tocou. Foi tão deliberado quanto poderia ser", reclamou Hamilton, que viu sua vantagem na liderança do Mundial cair para cinco pontos.

Massa, que tem duas corridas para tentar tirar esta diferença (o GP da China, no próximo domingo, e o GP do Brasil, no dia 2 de novembro), rebateu as acusações do rival.

"Eu não bati deliberadamente. Não posso acreditar que ele pensa isso. Tenho um bom relacionamento com o Lewis e não faria nada para destruir isso", disse o brasileiro, que tenta ser o primeiro piloto do país a conquistar um título da Fórmula 1 desde o tricampeonato de Ayrton Senna em 1991.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Entenda o Atletismo


História


As primeiras referências de provas atléticas aparecem na civilização egípcia e em outros povos da Ásia. Os gregos organizaram as primeiras reuniões por volta do século 14 a.C., disputando jogos periódicos que incluíam provas de corridas, salto em distância, salto em altura e arremesso de objetos variados. Mais tarde, depois de conquistar a Grécia, os romanos continuaram celebrando provas atléticas até abolir a prática no ano 394 d.C.. Durante sete séculos não foram celebradas competições atléticas a não ser na antiga Irlanda, onde era disputado periodicamente o festival de Lugnas. No continente americano, as sociedades nativas preparavam seus mensageiros treinado-os para correr longas distâncias. Parte deste treinamento incluía competições de corridas com obstáculos, que eram realizadas durante festividades religiosas. Por volta do ano 1154, provas atléticas começaram a ser praticadas em Londres, apesar da proibição real para todo esporte que interferisse na prática da arqueria, necessária para o aprimoramento guerreiro. Mais tarde, provas de atletismo foram permitidas, desde que com autorização expressa do rei.

No início do século 19, as corridas se tornaram freqüentes na Inglaterra. Provas para amadores foram disputadas em Uxbridge em 1825. O colégio de Eton criou a prova da corrida com obstáculos em 1827. Em 1834, um grupo de atletas britânicos organizou as primeiras regras para determinadas provas. O primeiro meeting organizado na época moderna foi promovido pela Real Academia Militar, em Woolwich, em 1849. A universidades de Oxford e Cambridge começaram a se enfrentar em 1864, e o primeiro torneio britânico foi disputado em 1866. Ao longo do continente europeu foram realizados encontros e festivais atléticos que incluíam provas de corridas, de saltos e de arremesso. Essas modalidades eram praticadas também durante os jogos de Tailteann, na Irlanda, e de Highland, na Escócia. Imigrantes britânicos levaram o atletismo aos Estados Unidos na metade do século 19. O ponto de partida do atletismo organizado no território norte-americano foi a fundação do New York Athletic Club (NYAC), em 1868. Este clube se encarregou de organizar o primeiro campeonato dos Estados Unidos de atletismo, em 11 de novembro. Na América do Sul, os imigrantes ingleses, que chegaram para trabalhar nas ferrovias e nos frigoríficos, foram também os encarregados de divulgar a modalidade, primeiro na Argentina, em 1867, depois no Chile, em 1877, e Brasil, antes da virada do século. Em 23 de julho de 1894, o barão Pierre de Coubertin convocou um congresso e apresentou o projeto para a volta dos antigos Jogos Olímpicos, interessando aos delegados dos 12 países presentes. Com a aprovação, o atletismo se transformou no mais popular dos esportes individuais. Em 1913, foi criada a Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf), que rege as competições do atletismo em escala internacional, estabelecendo as regras e oficializando os recordes obtidos pelos atletas. Após estrear na Olimpíada de Atenas-1896, o atletismo esteve sempre presente no programa oficial dos Jogos e sempre com o maior número de provas. Hoje, o atletismo possui 46 modalidades disputadas por homens e mulheres em campo, ao ar livre ou em recinto fechado. Desde então, os Estados Unidos vêm dominando todas as provas, conquistando mais de 300 medalhas de ouro e 700 no total. A segunda colocada é a antiga União Soviética, que ganhou apenas 64 de ouro.

Várias modalidades compõem o atletismo. Na pista, são 12 provas masculinas e 11 femininas, que serão disputadas em uma pista oval de 400 m, dividida em nove raias. Cada raia possui de 1,22 m a 1,25 m de largura.

PROVAS DE CAMPO
ARREMESSO DE PESO
Bola sólida de metal que pesa 7,26 kg (para homens) e 4 kg (para mulheres). A ação no lançamento está restrita a um circulo de 2,1 m de diâmetro.

LANÇAMENTO DE MARTELO
O martelo é composto por uma bola de ferro pressa a um arame metálico com uma alça na extremidade que juntos pesam 7,26 kg e medem no máximo 1,2 m. Se o martelo cai no terreno dentro de um ângulo de 90 graus, o arremesso não é considerado válido .

LANÇAMENTO DE DARDO
O dardo tem um comprimento mínimo de 260 cm para os homens e de 220 cm para as mulheres, e um peso mínimo de 800 g para os homens e de 600 g para as mulheres. Desde este ponto central se estendem duas linhas de 90 m de distância. Todos os arremessos devem cair entre estas duas linhas.

LANÇAMENTO DE DISCO
Já o disco é um prato com a borda e o centro de metal e tem uma área de lançamento com diâmetro de 2,50 m. Na prova masculina, o disco mede entre 219 e 221 mm de diâmetro e de 44 a 46 mm de espessura; pesa 2 kg. Já no feminino, mede entre 180 e 182 mm de diâmetro e de 37 a 39 mm de espessura, pesando 1 kg.

Nas provas de velocidade (até 400 m rasos), nos 110 m com barreiras (ou 100 m com barreiras no feminino) e no revezamento 4 x 100 m, os competidores devem se manter em suas raias de largada durante toda a prova. Nos 800 m rasos e no revezamento 4x400 m, os competidores podem abandoná-las após passarem por uma linha durante a prova. Nas demais modalidades, não há raias.
Nos revezamentos, os competidores devem passar o bastão em uma zona de 20 m e permanecer em suas raias até o final da prova sob pena de desclassificação de suas equipes. Se um participante derrubar o bastão durante a prova, somente ele pode recolhê-lo, desde que não atrapalhe os outros competidores nem diminua a distância a ser percorrida. Caso isso ocorra, o time será desclassificado.
Nos arremessos, o objetivo é lançar o objeto, pelo ar, na máxima distância possível sem ultrapassar a área limite. Apenas o melhor resultado de cada atleta é computado. O competidor pode abortar seu arremesso, desde que não tenha soltado o objeto ou colocado o pé na área "proibida". Os juízes podem penalizar atletas que demorarem mais de um minuto para realizarem suas tentativas (veja mais no quadro ao lado).
A maratona terá início na Praça da Paz Celestial (Praça Tianmnen) e chegada no Estádio Olímpico. Já a marcha atlética começará e encerrará no Estádio Olímpico, mas os atletas terão de percorrer um circuito de 2 km em torno do estádio. Os competidores podem abandonar temporariamente a competição, desde que autorizados e supervisionados por um dos árbitros. Há também pontos estratégicos alocados a cada 5 km, onde os atletas podem pegar água e outras bebidas.
As provas da marcha atlética têm duas regras principais. Os competidores precisam manter pelo menos um dos pés sempre no chão. Além disso, o joelho da perna que dá a passada não pode se flexionar até que a mesma esteja completa. Há vários juízes distribuídos ao longo da competição, cuidando para que os atletas respeitem as regras. Como elas são claramente visíveis, não há equipamentos eletrônicos. Se um juiz observar que um dos atletas está desrespeitando as normas, ele o adverte. O competidor é desclassificado após três juízes terem-no avisado. Já o atleta que obstruir a passagem de outro participante também é eliminado da prova.
Já nas disputas de saltos em altura e com vara, o objetivo é ultrapassar o sarrafo sem derrubá-lo. Os juízes determinam a altura inicial que os competidores terão de saltar. A partir daí, a cada rodada, o sarrafo é colocado no mínimo dois centímetros mais alto (no salto com vara) e um centímetro no salto em altura. A eliminação ocorre quando o atleta falha três vezes consecutivas em saltos na mesma altura. A melhor de suas tentativas bem-sucedidas fica sendo seu resultado final. Se houver empate, a decisão ocorre no número de saltos que cada competidor precisou para ultrapassar a marca. Se persistir o empate, são computados os erros cometidos ao longo da competição. Se ainda assim não houver um desempate, os dois recebem medalhas, a não ser que a disputa seja pelo ouro. Neste caso, há um salto adicional.
Nas disputas de saltos em altura e com vara, o objetivo é ultrapassar o sarrafo sem derrubá-lo. No salto com vara, o atleta tenta superar uma barra transversal, com a ajuda de uma vara flexível, normalmente de 4 a 5 metros de comprimento, fabricada em fibra de vidro. Os juízes determinam a altura inicial que os competidores terão de saltar. A partir daí, a cada rodada, o sarrafo é colocado no mínimo dois centímetros mais alto (no salto com vara) e um centímetro no salto em altura. A eliminação ocorre quando o atleta falha três vezes consecutivas em saltos na mesma altura. A melhor de suas tentativas bem-sucedidas fica sendo seu resultado final. Se houver empate, a decisão ocorre no número de saltos que cada competidor precisou para ultrapassar a marca. Se persistir o empate, são computados os erros cometidos ao longo da competição. Se ainda assim não houver um desempate, os dois recebem medalhas, a não ser que a disputa seja pelo ouro. Neste caso, há um salto adicional.
O atletismo também tem a competição de decatlo, composta de dez provas, que são disputadas por homens em dois dias, na seguinte ordem: 100 m rasos, salto em distância, arremesso de peso, salto em altura e 400 m rasos (todas essas no primeiro dia); 110 m com barreiras, arremesso de disco, salto com vara, lançamento de dardo e 1.500 m rasos (segundo dia). Já as mulheres disputam o heptatlo, que consiste das seguintes provas, também divididas em dois dias: 100 m com barreiras, salto em altura e arremesso de peso (primeiro dia); 200 m rasos, salto em distância, lançamento de dardo e 800 m rasos (segundo dia). Em ambos os sexos, vence quem obtiver maior pontuação ao longo de todas as competições. Na atribuição dos pontos, vale mais a regularidade. O atleta que estiver bem classificado em várias provas leva vantagem sobre outro que, por exemplo, vencer duas modalidades e for mal nas demais. As regras são praticamente as mesmas das provas individuais, com algumas exceções: nas provas de corridas convencionais, os atletas são desclassificados após duas largadas falsas. No heptatlo e no decatlo, o limite sobe para três.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Entenda o Tênis


HISTÓRIA

Jogos similares ao tênis já eram praticados por gregos e romenos. Na Idade Média, a modalidade era presente nas cidades italianas, onde era conhecida como "giocco della palla". Entre os séculos 13 e 19 um outro esporte parecido, o "jeu de paume" (que já esteve no currículo olímpico e que consistia em bater em uma bola com a palma da mão ou com uma raquete), foi bastante praticado na França.

A própria palavra "tênis" parece ser originada do termo francês "tenez", expressão utilizada para avisar o lançamento da bola. Porém, outros historiadores afirmam que a palavra deriva do latim "tenisca" ou "toenia", nome da fita que dividia a quadra em duas metades durante os antigos jogos romanos. Entre os séculos 16 e 17, variados jogos de bola, mais parecidos com o atual squash, tiveram muita popularidade na Europa.

Em 1873, o major Walter Clopton Wingfield, um veterano do exército britânico na Índia, foi considerado oficialmente o inventor do tênis moderno. Ele o batizou com a palavra grega "sphairistike" (jogando com bola), como uma homenagem aos antigos gregos. Foram os ingleses, junto com suas colônias (Austrália e África do Sul, principalmente), que estenderam a prática ao mundo. O esporte logo ganhou adeptos nos Estados Unidos, onde, em 1874, foram construídas as primeiras quadras.

Porém, naqueles primeiros tempos, era comum utilizar como quadras os campos de críquete, um esporte muito mais popular nos países anglo-saxões e que tinham superfícies de grama bem cuidadas ideais também para a prática do tênis.

Em março de 1874, Wingfield escreveu as primeiras regras do jogo, que estabeleciam uma quadra de dimensões maiores que as atuais, uma rede elevada por cima das cabeças dos jogadores e um sistema de pontuação em que era declarado vencedor o jogador que primeiro alcançava os quinze pontos com seu serviço. Em 1875, um trio de rigorosos reformistas -J. Marshall, John Cavendish e C. Heatcote- modificou muitas regras. Foi introduzida a linha do saque e foi abaixada a altura da rede.

O torneio mais antigo começou a ser realizado no All-England Lawn Tennis and Croquet Club, em Wimbledon, em 1877. Depois, foram criados os outros torneios de Grand Slam: Campeonato dos Estados Unidos (futuro Aberto dos EUA), em 1881; Campeonato Francês (posteriormente conhecido como Roland Garros), em 1891; e Campeonato Australiano (futuro Aberto da Austrália), em 1905. A Copa Davis foi disputada pela primeira vez em 1900.

O vai e vem nas Olimpíadas
O tênis fez parte do programa oficial dos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, disputados em Atenas, em 1896. O britânico John Boland ganhou as medalhas de ouro em simples e duplas, nessa última modalidade em parceria com o alemão Adolf Traun. Nos Jogos de Paris, em 1900, foi disputado um torneio feminino, com a vitória da britânica Charlotte Cooper. Durante os primeiros Jogos, o domínio foi dos representantes britânicos, que acumularam um total de dez títulos olímpicos até 1920.
O esporte continuou a fazer parte dos Jogos até Paris, em 1924. Mas o crescente profissionalismo, introduzido em 1926 pelo norte-americano Charles C. Pyle, levou as autoridades esportivas a suprimi-lo. Voltou a entrar no calendário olímpico em 1968, na Cidade do México, como esporte de exibição, porém sumiu novamente até os Jogos de Los Angeles, em 1984.

Nomes como Yevgeny Kafelnikov e Venus Williams (em 2000), Lindsay Davenport e Andre Agassi (em 1996) e Steffi Graf (em 1988) já conquistaram na nova fase do tênis medalhas de ouro na chave de simples. Em 2004, a surpresa veio da América do Sul.

Os chilenos Nicolas Massú e Fernando González surpreenderam a todos. Os dois bateram os alemães Nicolas Kiefer e Rainer Schuettler para alcançar o título de duplas numa maratona de três horas e 43 minutos. Menos de 21 horas depois, Massú estava em quadra novamente para a decisão de simples contra o norte-americano Mardy Fish. Para os que esperavam um atleta combalido e desconcentrado, o chileno respondeu com poderosos e precisos forehands do fundo da quadra e um invejável fôlego para uma batalha de cinco sets e exatas quatro horas. No final, Massú conquistou sua segunda medalha de ouro olímpica.

REGRAS

. O objetivo do tênis é fazer mais pontos que o adversário. A partida começa com o saque de um dos jogadores. A bola pode pingar apenas uma vez na quadra. Antes que ela caia pela segunda vez, o jogador precisa rebater para o outro lado, dentro do espaço delimitado pelas linhas da quadra.

. A modalidade pode ser disputada em jogos de simples (duas pessoas) e duplas (quatro pessoas). Na partida de simples, a quadra mede 23,79 m de comprimento por 8,23 m de largura, enquanto nas duplas a largura aumenta para 10,97 m. A rede, de 0,915 m de altura, divide a quadra ao meio. A bola, feita de borracha e forrada com flanela, pesa 57g. A raquete possui uma rede de fios de náilon com, no máximo, 81,2 cm de comprimento.

. Nas Olimpíadas de Pequim, as partidas serão disputadas em três sets, com exceção das partidas da final masculina de simples e de duplas, que serão jogadas em melhor de cinco sets. Nenhuma partida terá tie-break no set desempate. Assim, os tenistas precisam abrir dois games de vantagem para fechar o jogo. Na China, os jogos acontecerão em piso duro.

. O tenista tem direito a sacar durante um game inteiro, passando então a vez para o adversário. No fim dos games ímpares, os atletas trocam de lado na quadra. No tie-break, o direito de saque é feito de maneira diferente: o primeiro ponto é disputado com o saque de um tenista, enquanto os dois seguintes são realizados com o serviço do adversário. A partir daí, os atletas se alternam com dois saques seguidos até a definição do desempate.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Ultimas Noticias


08/08/2008 - 12h36
Olimpíadas de Pequim começam após cerimônia da harmonia e opulência

Lello Lopes Em Pequim (China)*

Às 12h36, o presidente da China, Hu Jintao, anunciou oficialmente a abertura da 26ª edição dos Jogos Olímpicos, evento que é visto pelo país como a chance de mostrar uma nova cara e impressionar o mundo. E a cerimônia foi grandiosa como os mais de 1,3 bilhão de pessoas, o crescimento econômico de cerca de 10% ao ano e os gastos que bateram a casa dos US$ 40 bilhões para construir do zero a maioria de suas arenas olímpicas, além de toda infra-estrutura de linhas de metrôs, estradas, saneamento básico e aeroporto.

Com 91 mil pessoas presentes no Ninho de Pássaro, apesar de alguns espaços vazios na parte central da arquibancada, e 14 mil participantes, o evento procurou ao máximo mesclar a tradição de mais de 5.000 anos de história com a entrada da nação em uma nova era, seja ela representada por um efeito de luzes e fogos de artifícios ou com a união de 56 crianças, cada uma de uma etnia diferente presente na China, que levaram a bandeira do país em um sinal de união. Entre elas estavam tibetanas e muçulmanas, que reclamam da repressão do governo local e ganharam a atenção do mundo em protestos nos dias que antecederam os Jogos.

O grande mistério da cerimônia só foi desvendado após mais de quatro horas de festividade. O ex-ginasta Li Ning, dono de três medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze nos Jogos de Los Angeles-1984, foi o último a receber a tocha olímpica, foi elevado através de cabos e deu a volta no topo do estádio, como se estivesse correndo, até alcançar um pavio, que acendeu a pira depois de 244 minutos de cerimônia.

O temor de protesto dos atletas não se confirmou, assim como possíveis vaias da platéia às nações que não gozam de boas relações com a China. Na cerimônia, a organização também evitou mencionar períodos ruins de sua história, como a invasão sofrida em parte de seu território pelo Japão no início do século 20, o período de governo de Mao Tsé-Tung e a Revolução Cultural.

O evento começou pontualmente às 20h (horário local, 9h no Brasil), quando 2.008 pessoas tocando fous, um objeto de percussão, deram início à comemoração, após um efeito de luzes com a contagem regressiva. No céu, fogos de artifício retrataram pegadas saindo da Praça da Paz Celestial em direção ao Estádio Nacional, o Ninho de Pássaro. Com a "chegada" das pegadas vieram fadas carregando o símbolo olímpico, antecedendo a entrada da bandeira chinesa, carregada por crianças das 56 etnias diferentes.

Em seguida, o país passou a apresentar suas invenções ao mundo: a pólvora, o papel, a escrita e a bússola, tendo a preocupação de misturar o antigo e o novo. No telão do estádio, a organização explicava a parte artística do evento em três línguas (inglês, francês e mandarim). A interação com o público, aliás, ganhou atenção especial da direção, que distribuiu um kit para que cada um dos 91 mil pudesse ajudar na plasticidade da cerimônia, fosse com um lenço, uma lanterna ou um tambor. Mas parte da platéia não aderiu, deixando os objetos de lado.

No centro do estádio, artistas se revezavam em coreografias bem ensaiadas, usando bastante efeito de luz e alegorias opulentas. A cerimônia ainda rendeu suas homenagens à evolução comercial do país com o Ocidente, superando o período das dinastias, e mostrou a preocupação com o meio ambiente, através da representação de uma pipa e a ligação dos chineses com a natureza, contrastando com a preocupação atual de atletas com os altos índices de poluição em Pequim.

Depois da execução da música-tema dos Jogos, teve início o desfile das delegações. Como manda a tradição, a Grécia foi a primeira a entrar no Ninho de Pássaro com o judoca Ilias Iliadis levando o pavilhão.

Às 10h30 (de Brasília), o velejador Robert Scheidt pisou no estádio com a bandeira brasileira. Com muitas máquinas fotográficas, a delegação vestiu paletó verde, calça azul e chapéu branco com uma faixa em verde e amarelo. A torcida aplaudiu bastante a equipe, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saudava os atletas.

O público, aliás, procurou ser simpático com todas as delegações, aplaudiu efusivamente Hong Kong e Taiwan, territórios chineses, assim como rivais históricos como Japão e EUA. Mas coube também aos norte-americanos as únicas vaias da platéia, mesmo que tímidas, dirigidas ao seu presidente, George W. Bush, quando este foi mostrado no telão.

Foram 204 nações, já que Brunei foi excluído a poucas horas do início da cerimônia, com a dona da casa fechando o desfile. O jogador de basquete Yao Ming teve a missão de ser o porta-bandeira da maior equipe dos Jogos e que pretende, enfim, ser a líder do quadro de medalhas, superando os EUA e a Rússia.

Em seguida, o presidente do comitê organizador fez seu discurso e o presidente do COI, Jacques Rogge, lembrou das vítimas do terremoto, que atingiu principalmente a província de Sichuan, neste ano, antes que Hu Jintao, o presidente chinês, inaugurasse as Olimpíadas que têm a missão de mostrar a nova faceta da nação no maior evento poliesportivo do mundo, que durará os próximos 16 dias.

FONTE: UOL